Feneis na 15ª Plenária Ordinária do CES/RS
Na 15ª Plenária Ordinária do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, ocorrida no dia de ontem (17), a Feneis, Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, esteve presente. A federação, que é responsável por defender e representar socialmente as pessoas surdas, discutiu o tema “Sensibilização e conhecimento da cultura da pessoa surda e a língua brasileira de sinais como meio legítimo de comunicação, e a obrigatoriedade da acessibilidade nos diferentes espaços”.
Representando a Feneis e a comunidade de surdos e de intérpretes, compareceram a Diretora Regional da Feneis RS, Carolina Sperb; Alessandra Goulart, presidente da Agils e intérprete de Libras; e, também, Thúlio Jahnke, da CIL, Centro de Interpretação de Libras, e professor de Libras.
Inicialmente, Carolina e Thúlio realizaram uma apresentação, na qual abordaram informações importantes para a comunidade surda, bem como a importância do atendimento humanizado, especialmente em locais de saúde, trazendo informações, dados e relatos pessoais.
De acordo com a última pesquisa feita pelo IBGE, realizada no ano de 2010, o Brasil somatiza, ao todo, 9 milhões de pessoas surdas. Apenas noRio grande do Sul, são 600 mil. Independente dos números, a presença da acessibilidade em diversos locais e de uma comunicação eficiente e otimizada são fatores chave na vida de cada uma das pessoas surdas – em especial, na sua saúde.
Toda pessoa surda tem o direito de solicitar a acessibilidade em Libras, independente da situação. Métodos como leitura labial ou anotações em papel, na maioria das vezes, não são suficientes e nem eficazes. A necessidade de confirmação da compreensão é vital, já que a ansiedade e o nervosismo podem comprometer a capacidade de atenção da pessoa surda durante a comunicação, especialmente em situações de emergência/atendimento médico.
Um atendimento humanizado e acessível pode ser a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa surda durante um atendimento médico. Hoje, os profissionais do SUS não possuem, na prática, o conhecimento amplo da Língua Brasileira de Sinais.
A discussão realizada em plenária levantou diversas dúvidas, debates, e a necessidade de encaminhamentos frente aos relatos trazidos. Toda a plenária contou com o acompanhamento de três intérpretes ao total, os quais prestaram auxílio aos surdos presentes e, também, àqueles que estavam acompanhando a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube.

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